pav


AV


No dia nove de Av ambos o Primeiro e o Segundo Templo foram destruidos. Sem o Santuário existe um vácuo na nossa forma de servir a D-us. Portanto, recordaramos essa data tendo como base o verso: «Se eu esquecer Jerusalém, que minha mão direita seja esquecida… Eu não esquecerei Jerusalém até mesmo nos meus momentos de maior alegria» (Salmos 137).

Consequentemente diferentes costumes foram estabelecidos. Por exemplo, quando pintamos nossa casa, deixamos uma pequena área não terminada perto da porta. E quando temos convidados para uma refeição, devemos deixar um lugar vazio; com exceção de Shabat e Yom Tov, quando luto é proibido. Além disso, uma mulher não deve usar todos seus ornamentos ao mesmo tempo, mas deve deixar de usar pelo menos um deles. Até mesmo durante a cerimônia de casamento pensamos na ruína ao colocar algumas cinzas na cabeça do noivo no lugar aonde o tefilin é usado, e um copo é quebrado durante a chupá.

De fato, em toda geração em que o Templo não é reconstruido, somos considerados culpados pela destruição. Pois, se o Santuário não está sendo reconstruido, isso indica que ainda estamos cometendo transgreções semelhantes as que causaram sua ruína.

Aquele que sofre pela ausência do Templo aprecia oque ele realmente significava. Ainda que tal conscientização possa parecer abstrata, basta estudar inúmeros textos disponíveis sobre o Santuário para perceber sua grandiosidade. Da mesma forma, o Templo definia uma espiritualidade que nitidamente não existe em nossos dias. Portanto, nossos sábios escreveram que aquele que lamenta sua destruicão, terá o mérito de presenciar a reconstrução.

Além disso, o Rabino Yakov Emden escreveu que devido a não lamentarmos suficientemente a destruição do Templo, temos um longo exílio, com dispersões, perseguições, e grande sofrimento.